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III CAFÉ COM JAZZ

Sempre com o intuito de servir o panorama musical, divulgamos a 3ª edição do Café com Jazz.



Materiais mais usados para pestana

Recentemente um utilizador do forumusica me pediu para assinalar alguns dos materiais mais utilizados no fabrico de pestanas. Decidi fazer uma lista:

Marfim: Material soberbo para se usar em guitarras clássicas e guitarras vintage. Tem uma sonoridade muito semelhante ao osso. Não é muito aconselhado para usar em guitarras com trémolo, já que as cordas adherem um bocado ao material. No entanto, não é recomendado usar este material, dado que requer a morte de elefantes e outros animais. Contudo, existe um marfim artificial, comumente denominado Tusk, que reproduz bem as caracteristicas do marfim.

Osso: O rei dos materiais no que se refere a pestanas. É facil de trabalhar, é barato, e tem boas caracteristicas sonoras, com um som detalhado e vivo. As suas desvantagens é que as cordas adherem um bocado ao material e a ferrugem costuma fazer estragos estéticos (e não só).

Urea: Para quem já usou (não é o meu caso) dizem que tem umas boas caracteristicas sonoras e que é um material que não causa tanta fricção como o osso ou marfim. A marca japonesa Yamaha costumava usar este material.

Plástico: Existem muito géneros de plásticos. Mas todos aqueles que forem macios, esponjosos, e especialmente ôcos deveriam ser descartados. Os mais conhecidos entre estes materiais são a Micarta e o Corian

Bronze ou Niquel: Toda pestana metálica tem uma sonoridade brilhante,um excelente sustain e bom para polir. Contudo, são muito ressonantes e oxidam facilmente, perdendo a cor brilhante

Inox: Muito usado para as pestanas Locknut. A sua sonoridade é semelhante do que os materiais anteriores. No entanto, mantem-se mais bonito durante mais tempo e a sua longevidade é enorme. No caso dos Locknut, podemos ter problemas com os parafusos.

Grafito: Este material é ideal para utilizar em guitarras com trémolos. Ela possui pouca fricção e tem uma qualidades tonais bastante decentes. Possivelmente o seu maior defeito é que só se encontra em cor negra. O que esteticamente não seria bom para algumas guitarras.

Madeira: Normalmente se usa o ébano, e raramente o Pau Rosa (rosewood) Contudo, esta opção se restringe a guitarras acústicas. Esteticamente é uma opção bonita e delicada. Dá-nos um timbre meigo. No entanto, sob cordas de aço costumam durar pouco tempo.

FRET DRESSING - NIVELAMENTO DE TRASTES

Depois de muito uso e abuso, os trastes da nossa guitarra começam a ficar gastos. Ganhando alguns sulcos que são causante de incomodos buzzings. Noutras ocasiões, os trastes não se encontram totalmente nivelados, fazendo com que existam trastes mais altos do que outros.

Para que seja conseguida uma acção de cordas baixa, é necessário que os trastes estejam micrometricamente alinhados entre si, para que não haja trastejamento. Para esses 2 problemas existe o nivelamento de trastes (ou fret dressing)
No momento do nivelamento o luthier, normalmente irá verificar se existe algum traste solto. Caso haja, esse ou esses trastes deverão ser colados para que no momento da rectificação não se movimentem e acabem por ser gastos de maneira irregular. Após essa operação, a escala será isolada com fita-cola, principalmente se for maple. Assim evitam-se risco antiestéticos. (Como tirei as fotos depois do trabalho não vamos ver como fica).

Agora os trastes já estão prontos para serem rectificados. As ferramenta usadas para essa operação são limas pouco abrasivas, pedra de carburundum (a mesma usada para amolar facas) ou lixas aplicadas em tacos de madeira ou ferro. Os tacos que madeira que utilizo tem uma curvatura que coincide com os braços das principais marcas (Fender- Gibson). Estes tem uma curvatura radial especificada em polegadas. Vejam só alguns:

No caso de radios compostos - Género Ibanez, Jackson - Utilizo uma barra de ferro rectificada e vou lixando sempre como se fosse um cone (e não perpendicularmente em relação ao centro)


Outra ferramenta muita usada pelos luthiers é esta lima. Eu pessoalmente uso pouco. Prefiro por precisão ferramentas maiores. Apenas a uso para aplicar fallaway a partir do 15º traste.


Agora, todos os trastes devem ser atingidos por igual e com a mesma intensidade, com o braço direito e simulando a tensão das cordas. E sempre respeitando a curvatura radial da escala. Se assim não for, os trastes podem ser danificados e desnivelados. Até de forma até irreparável, tornado a troca de trastes inevitável. Por isso, só profissionais experientes deveriam efectuar essa operação.

Ao nivelar os trastes entre si, ficam com um formato plano, pois lhe retiramos aquela forma arredondada, causando além de um aspecto de trastes velhos, um possível indício de trastejamento, uma vez que sua superfície de atrito, que agora achatada, ficou maior.

Para evitar esse tipo de problema se utiliza uma lima especialmente desenhada com um formato redondo, de vários tamanhos para se adequar aos vários tipos e tamanhos de trastes.Essa lima é trabalhada num traste de cada vez, devolvendo-lhe o formato arredondado.

Para além disso utilizo a lima de 3 lados, com cantos arredondados.


No final, pasamos lixa 400, 600, 1000 e palha de aço para eliminar qualquer risco nos trastes. Retiramos a fita-cola e hidratamos a escala com algum óleo (é recomendado o uso de Óleo de limão, mas sem encharcar)


Insisto que esse tipo de trabalho seja feito por um luthier de confiança. Não se atrevam a chegar uma lima aos vossos trastes sem saber tudo o que deve ser feito.

Para além disso, tenho constatado que existem alguns luthiers (não sei se por ignorancia ou facilitismo) informam aos seus clientes que quando há um traste com sulcos apenas limam esse. Isso está errado! Limando apenas um traste, ficará mais baixo que os restantes e causa de buzzings.

Outro problema que tenho constatado é que existem luthiers (ou DIY) que por comodismo não efectuam o pulimendo devido dos trastes, deixando riscos. Isso é incómodo nos dedos e stressante para as cordas.

Espero que com este artigo possam compreender melhor o vosso instrumento.

Se desejam ferramentas para efectuar este serviço podem procurar por aqui

Apresentação do Album "Neverending"

EinSof são uma banda formada em Barcelona a finais de 2004 com claras influencias de rock progressivo e do metal mais vanguardista de bandas como Porcupine Tree, Opeth o Katatonia. Depois de varias infructíferas formações, intenta confeccionar uma personalidad propia que pouco a pouco vai tomando forma através de composições, onde jogam com atmósferas e riffs densos e osbcuros.
Cabe destacar o seu profissionalismo na hora de produção que contou com Andy Giblin na mistura (Slipknot) nos MCC Recording Studios de Manchester e masterizado em Mastertips (Madrid) por Juan Hidalgo (The Sunday Drivers, Brainjuice…)

Podeis ver o video aqui:
http://www.vimeo.com/3470413

Críticas em revistas espanholas:
http://www.subnoise.es/criticas/einsof-neverending-2008